Os falares diferentes podem ser uma barreira. Como se comunicar bem com pessoas de diferentes regiões do país?
Ninguém pode negar que há diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil. Aqui, o modo de se expressar é mais livre e expansivo, enquanto em Portugal é mais formal e contido. Mas não precisamos cruzar o oceano. O Brasil como um país muito extenso apresenta incontáveis modos de falar.
Nosso país é dividido em cinco grandes regiões com suas diferententes formas de se expressar. Notamos que a fala de um sulista é diferente da fala de um nortista. Essa variação linguística leva o nome de regionalismo. E não para por aí: encontramos diferenças dentro do mesmo Estado e, ainda, dentro da mesma cidade.
Essas diferenças não podem ser ignoradas pelos falantes, pois elas influenciam fortemente a nossa comunicação. E quem estuda os diferentes falares e suas influências? A Sociolinguística. Ela é a ciência que observa, descreve e analisa a língua falada no contexto social. A língua e a variação são inseparáveis, como diz Tânia Maria Alkimim (2001), a Sociolinguística encara a diversidade linguística não como um problema, mas como uma qualidade constitutiva do fenômeno linguístico.
A Sociolinguística afirma que, além da distância, outros fatores externos contribuem com essa variação linguística, como a classe social, a idade, o sexo e o contexto social. Mas o principal fator que favorece tais variações é o indivíduo. As pessoas falam diferentemente porque elas são diferentes.
E essas diferenças aparecem na fala e podem trazer alguns problemas para a comunicação.
Veja alguns exemplos:
Se um paulista conversar com um morador do Espírito Santo ele pode ouvir as seguintes palavras:
Taruíra | Lagartixa |
Pocar | Estourar, arrebentar |
Pão de sal | Pão francês |
Algumas palavras variam bastante, veja as diferenças de como se fala no Norte e como se fala no Centro Sul:
Norte | Centro Sul |
Testos | Tampas das panelas/tachos |
Café | Bica |
Pingo | Garoto |
Cruzeta | Cabide |
Sapatilhas | Tênis |
Fósforos | Palhitos |
Lanchar | Merendar |
Essas palavras são apenas alguns exemplos de como a linguagem varia de região para região, de indivíduo para indivíduo.
Referência: http://www.scrittaonline.com.br/variacao-linguistica-e-regionalismo/
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